Sábado, 30 de abril-04 de 2022
Matéria da Agência Brasil
Poucos verão com os próprios
olhos, mas muitos poderão acompanhar – na página do Observatório Nacional no
Youtube – o eclipse solar em regiões remotas do planeta. Será na tarde deste
sábado (30).
O fenômeno só poderá ser observado por quem estiver na parte sul
da América do Sul, especialmente no extremo do continente, onde o eclipse será
mais intenso, abrangendo entre 40% e 54% do disco do Sol.
Segundo o Observatório Nacional,
o eclipse poderá ser visto também em partes da Antártica e na parte sul dos
oceanos Pacífico e Atlântico.
Este é o primeiro dos dois
eclipses solares previstos para este ano – nenhum observável no Brasil. Ele
terá início às 15h45 (horário de Brasília).
A retransmissão ao vivo, do
Observatório Nacional, terá início um pouco mais cedo, às 15h. Nela, os amantes
da astronomia terão muitas atrações, promete a astrônoma Josina Nascimento.
Além de explicar como ocorrem os
eclipses, ela disponibilizará imagens de outro fenômeno solar, visto a partir
de Marte. “São imagens obtidas do ponto de vista marciano, flagradas pelo rover
Perseverance, que está em Marte. O vídeo mostra o momento em que a lua Fobos
passou em frente ao Sol. É imperdível”, disse à Agência Brasil a astrônoma.
Lua entre o Sol e a Terra
De acordo com o Observatório Nacional, eclipses solares ocorrem quando a Lua
fica entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra sobre o planeta. A sombra
mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da
umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é
parcialmente bloqueada.
Se o observador está na estreita
faixa da Terra atingida pela umbra, ele vai ver o eclipse total. Se está na
área atingida pela penumbra, verá como parcial. “E nos casos em que não há
definição da umbra, como os eclipses solares de 2022, temos somente eclipse
parcial”.
Em média, um eclipse total do Sol
ocorre a cada 18 meses, mas por serem visíveis somente em estreita faixa sobre
a Terra, parecem muito raros.
Cuidados para a observação
A observação de eclipses solares nunca deve ser feita nem a olho nu, nem com
óculos escuros, chapas de Raio X ou filmes fotográficos, porque a claridade e o
calor do Sol podem danificar seriamente a retina.
Uma sugestão dada por
especialistas é de que interessados em fazer esse tipo de observação procurem,
em lojas de ferragens ou de materiais de construção, o chamado vidro de solda.
A tonalidade desse vidro deve ser, no mínimo, 14. O vidro deve ser colocado
diante dos olhos para uma observação segura do Sol.
Outras retransmissões
Diante do grande interesse causado pela astronomia, o Observatório Nacional tem
feito diversas lives, nas quais comenta eventuais fenômenos que estejam
ocorrendo.
A retransmissão do eclipse solar
não será a única deste sábado. Mais cedo, às 4h, Josina fará outra transmissão,
na qual mostrará imagens e comentará a conjunção entre os dois planetas mais
brilhantes: Júpiter e Vênus.
Como o fenômeno continuará pelos
próximos dias, está prevista outra live, no mesmo horário, domingo (1º). “As lives
sobre essa conjunção serão muito especiais porque mostrarão algo que não é
visível a olho nu: a participação de Netuno nesse alinhamento”, disse ela.
“Isso será possível porque
mostraremos imagens captadas a partir dos telescópios de astrônomos profissionais
e amadores, parceiros do Observatório”, completou.
Todas as lives serão transmitidas
pela página do Observatório Nacional no Youtube. Para acessá-la, clique aqui.
Por: Agência
Brasil