Sábado, 01 de outubro-10 de 2022
Contas de luz ficam sem cobrança extra por sexto mês seguido
Aneel mantém bandeira tarifária verde para outubro
A Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde em setembro para todos os
consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com a decisão,
não haverá cobrança extra na conta de luz pelo sexto mês seguido.
A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da
bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até
meados de abril deste ano. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira
verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia.
Caso houvesse a
instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado no
fim de junho pela Aneel. Segundo a agência, os aumentos refletiram a
inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do
encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.
Bandeiras
Tarifárias
Criadas
em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos
variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras
indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em
estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta
não sofre qualquer acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou
amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a
R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh)
consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021
a 15 de abril deste ano, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada
100 kWh.
O Sistema Interligado Nacional (SIN) é dividido em quatro subsistemas:
Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto
pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato
Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades
isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga
total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente,
por térmicas a óleo diesel.
Por: Agência Brasil