Quinta-feira, 23 de fevereiro-(02) de 2023
Matéria da CNN
Em carta enviada para
a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco)
nesta quarta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a
regulação das redes sociais a fim de combater a desinformação.
O fórum da Unesco
debate propostas para regulamentar as redes sociais e combater a desinformação
e as fake news. Além do presidente, o ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Luís Roberto Barroso e o influenciador digital Felipe Neto também
participam do encontro em Paris.
No texto, Lula
afirma que o ambiente digital – “de poucas empresas” – causou riscos à
democracia e também à saúde pública. Segundo o mandatário, a disseminação de
desinformação durante a pandemia de Covid-19 contribuiu para milhares de
mortes.
“O discurso de ódio
faz vítimas todos os dias. Além disso, os mais vitimizados são os setores mais
vulneráveis de nossas sociedades”, acrescentou Lula.
Lula lembrou ainda
dos ataques criminosos contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8
de janeiro, e disse que os ataques foram resultado de uma campanha de mentiras
e desinformação disseminadas nas plataformas digitais.
“Em grande medida,
esta campanha foi alimentada, organizada e divulgada através de várias
plataformas digitais e aplicativos de mensagens. O mesmo método foi usado para
gerar atos de violência em outras partes do mundo. Isso deve parar”, disse
Lula.
O presidente
ressaltou que a comunidade internacional precisa “trabalhar para dar respostas
eficazes a esta questão desafiadora dos nossos tempos”. De acordo com Lula, é
preciso garantir o direito da sociedade “a informações confiáveis, e não a
mentiras e desinformações”.
O mandatário
conclui reiterando que o Brasil pode contribuir de forma significativa “para a
construção de um ambiente digital mais justo e equilibrado, baseado em
estruturas de governança transparentes e democráticas”.
Por: CNN