Segunda-feira, 18 de dezembro-(12) de 2023
Informação foi dada pelo jornalista Clilson Júnior, no programa Arapuan
Verdade, da Arapuan FM.
Padre
Egídio de Carvalho (Foto: Reprodução)
O juiz José Guedes Cavalcanti, da Quarta Vara Criminal de João Pessoa,
determinou o bloqueio de R$ 116 milhões em bens do padre Egídio de
Carvalho, preso por desvio de recursos do Hospital Padre Zé. A informação foi
dada pelo jornalista Clilson Júnior, no programa Arapuan Verdade, da Arapuan
FM.
Como visto pelo ClickPB, padre Egídio de Carvalho está preso desde o dia
17 de novembro, durante mais uma fase da Operação Indignus, desencadeada
pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do
Ministério Público da Paraíba (MPPB). O padre segue no Presídio Especial
de João Pessoa.
Além dele, também
estão presas Jannyne Dantas, que segue no presídio Júlia Maranhão, na Capital,
e Amanda Duarte, que está em prisão domiciliar por estar amamentando uma bebê
de quatro meses.
Entenda
o caso do Hospital Padre Zé
O escândalo no Hospital Padre Zé começou a ser
divulgado após o desaparecimento de celulares e equipamentos eletrônicos doados
pela Receita Federal para serem leiloados pelo hospital.
Após isso, começaram a surgir denúncias de
desvio de outros recursos e o esquema criminoso, comandado pelo padre Egídio de
Carvalho, então diretor do hospital, virou algo de uma investigação na Operação
Indignus.
Durante as ações
policiais, o padre Egídio foi afastado da direção do Hospital Padre Zé pela
Arquidiocese da Paraíba. Uma nova equipe foi designada para comandar a unidade
de saúde e determinou, inclusive, a realização de auditorias.
Como acompanhou o ClickPB, a Arquidiocese
revelou que o padre Egídio havia contraído o valor de R$ 13 milhões em
empréstimos em nome do Hospital Padre Zé e o dinheiro nunca chegou a ser aplicado
na unidade de saúde.
A Operação Indignus
cumpriu mandados em dez imóveis que seriam do padre Egídio, dentre eles uma
granja na cidade de Conde e apartamentos em prédios de luxo na orla de João
Pessoa.
Como trouxe o ClickPB, nos locais, os investigadores
encontraram itens de luxo e ostentação. Os imóveis eram equipados com lustres e
projetos de iluminação requintados.
Também chamou
atenção que na granja havia móveis rústicos de madeira avaliados em R$ 3
milhões, além de 30 cães da raça Lulu da Pomerânia. Uma pesquisa do ClickPB
revelou que um cão desta raça pode ser comercializado por até R$ 10 mil.
O padre Egídio de Carvalho, além de Amanda
Duarte e Jannyne Dantas, ambas apontadas como envolvidas no esquema, foram
presos no dia 17 de novembro.
Após audiência de
custódia, o padre foi encaminhado ao Presídio Especial em João Pessoa, Amanda
Duarte está em prisão domiciliar, por estar amamentando um bebê de quatro
meses, e Jannyne Dantas foi levada ao presídio feminino Júlia Maranhão, também
na Capital.
Em tentativa de colocar o religioso em
liberdade, os advogados do padre Egídio entraram com habeas corpus no Superior
Tribunal de Justiça (STJ), mas a medida foi negada pelo ministro Teodoro da
Silva Santos.
Por: Halan Azevedo -
ClickPB