Segunda-feira, 01 de maio-(05) de 2024
Chuvas deixam mais de 163 mil
desabrigados e 63,7 mil desalojados. Meteorologistas preveem que parte do
estado deve voltar a ser atingido por chuvas intensas
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(Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini) |
Já chega a 100 o número de pessoas
mortas em consequência das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul ao
longo da última semana. Segundo a Defesa Civil estadual, quatro óbitos estão
sendo investigados para determinar se, de fato, foram causados por efeitos
adversos das chuvas, como enxurradas, enchentes, inundações, deslizamentos e
desmoronamentos.
De acordo com a Defesa Civil, há ao
menos 128 pessoas desaparecidas em todo o estado. O boletim divulgado ao
meio-dia desta quarta-feira (8) informa que cerca de 1,45 milhão de pessoas já
foram afetados pelas consequências das chuvas em 417 municípios gaúchos.
Conforme o boletim, há 163.720 desalojados – pessoas que tiveram,
em algum momento, que buscar abrigo nas residências de familiares ou amigos.
Muitas delas esperam o nível das águas baixar para voltar para casa. E
66.761 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, sem ter para onde ir, precisaram
se refugiar em abrigos públicos municipais. Ao menos 372 pessoas se
feriram.
Meteorologistas
preveem que parte do estado deve voltar a ser atingido por chuvas intensas e
fortes rajadas de vento a partir de hoje. Segundo o Centro de Hidrografia da
Marinha, a faixa litorânea entre as cidades de Chuí, no Rio
Grande do Sul, e Laguna, em Santa Catarina, pode ser afetada pela passagem de
uma frente fria, com ventos de até 88 quilômetros por hora.
A Defesa Civil do
Rio Grande do Sul emitiu um alerta para que pessoas resgatadas de áreas
atingidas pelas chuvas não retornem a estes locais. “O solo dessas localidades
ainda está instável, com o terreno alagado e perigo de deslizamentos”, disse a
tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil.
Quanto às chuvas
previstas para começar hoje, Sabrina destacou que o alerta continua,
especialmente da metade para baixo da Laguna dos Patos. “Em toda situação em
que for identificado algum risco para a população, articularemos com o Poder
Público municipal para que [as prefeituras] adotem as medidas previstas nos
planos de contingências. Às vezes, há uma certa resistência [de parte da
população, que não quer sair de casa], mas temos trabalhado para conscientizar
as pessoas sobre a necessidade de não se colocarem em situação de risco e
ficarem atentas aos alertas.”
Por: Agência Brasil