Sexta-feira, 06 de dezembro-(12) de 2024
O crescimento do PIB foi influenciado pelas altas nos serviços (0,9%) e na
indústria (0,6%), enquanto a agropecuária recuou (-0,9%)
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Karan Bhatia/Unsplash |
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024
(período de julho, agosto e setembro), frente ao segundo trimestre deste ano.
As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE)
nesta terça-feira (3/12).
O índice ficou ligeiramente acima da expectativa do mercado, que projetava
crescimento de 0,8%, segundo o Broadcast.
Embora tenha desacelerado no terceiro trimestre após resultado
surpreendente no segundo trimestre, quando avançou 1,4%, o PIB acumulou alta de
3,3% de janeiro a setembro deste ano. Em comparação ao terceiro trimestre de
2023, o indicador cresceu 4,0%.
Os destaques para o terceiro trimestre foram as altas nos serviços (0,9%)
e na indústria (0,6%), enquanto a agropecuária recuou (-0,9%), de acordo com
dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país,
um estado ou uma cidade, geralmente em um ano. Uma alta significa que a
economia está crescendo em ritmo bom, e queda implica encolhimento da produção
econômica da nação.
No terceiro trimestre, ele totalizou R$ 3 trilhões, divididos em:
-R$
2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos; e
-R$
414 bilhões de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
De julho a setembro, a taxa de investimento foi de 17,6% do PIB, acima dos
16,4% registrados no terceiro trimestre de 2023. Enquanto a taxa de poupança
foi de 14,9%, abaixo dos 15,4% do mesmo trimestre do ano passado.
Os destaques do
PIB no 3º trimestre:
-Indústria:
0,6%
-Serviços:
0,9%
-Agropecuária:
-0,9%
-Consumo
das famílias: 1,5%
-Consumo
do governo: 0,8%
-Investimentos:
2,1%
-Exportações:
-0,6%
-Importação:
1%.
Os destaques do
PIB em comparação ao mesmo trimestre de 2023:
-Indústria:
3,4%
-Serviços:
3,4%
-Agropecuária:
-2,9%
-Consumo
das famílias: 4,5%
-Consumo
do governo: 2,9%
-Investimentos:
3,7%
-Exportações:
4,8%
-Importação:
10,3%
Serviços
O setor de serviços apresentou expansão nos seguintes subsetores:
informação e comunicação (2,1%); outras atividades de serviços (1,7%);
atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%); atividades
imobiliárias (1%); comércio (0,8%); transporte, armazenagem e correio (0,6%); e
administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).
Indústria e construção
O IBGE atribui o crescimento da indústria no terceiro trimestre ao
desempenho de 1,3% nas indústrias de transformação.
Por outro lado, registraram queda as seguintes atividades: construção (-1,7%);
eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%;); e
indústrias extrativas (-0,3%).
As estimativas do PIB para 2024
A projeção oficial do governo Lula (PT) é de 3,3% no acumulado do
ano. Até setembro, a estimativa oficial era de crescimento de 3,2%.
O Ministério da Fazenda justificou a revisão devido ao “ligeiro aumento na
expectativa de expansão do PIB no terceiro trimestre”.
No mês passado, o Banco Central (BC) informou que a “prévia do PIB” avançou 0,8% em setembro em comparação ao mês
anterior. As informações estão no Índice de Atividade Econômica do
Banco Central (IBC-Br).
Para este ano, o BC projetou crescimento de 3,2% na economia brasileira.
Enquanto o mercado financeiro aposta que o PIB vai avançar 3,22% no acumulado
do ano, segundo o relatório Focus mais recente.
Por: Metrópoles