Sábado, 08 de fevereiro de 2025
A
segurança pública e o combate as facções criminosas deverão entrar ‘na ordem do
dia’ das sessões na Câmara dos […]
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Hugo Motta. (foto: reprodução/redes sociais) |
A
segurança pública e o combate as facções criminosas deverão entrar ‘na ordem do
dia’ das sessões na Câmara dos Deputados. A informação foi detalhada pelo novo
presidente da casa, o deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos-PB), em
entrevista ao programa Arapuan Verdade,
da rádio Arapuan FM.
Como
observou o ClickPB,
Motta foi questionado pelo Coordenador do Gaeco na Paraíba, Octávio Paulo Neto.
O promotor
do Ministério Público perguntou Motta “qual vai ser a estratégia da Câmara na
questão de enfrentamento a essa singularidade que é a questão da atividade das
facções tanto no ambiente político quanto no ambiente das casas e pessoas”.
Em
resposta, o presidente da Câmara dos Deputados pontuou que o assumiu “o
compromisso da pauta da segurança ser uma prioridade nessa nossa gestão. O
Brasil todo clama por mais segurança. Essa é a pauta, talvez do lado da saúde,
que é mais cobrada pelas pessoas”, disse Hugo.
Ainda
segundo o parlamentar, no país há hoje “um quadro hoje de avanço das facções
criminosas em praticamente todos os estados”.
Com divisão
política, país não resolve problema
Para Hugo
Motta, com divisões políticas não será possível resolver a problemática e é
necessário enfrentar por meio de uma ‘grande cooperação’.
Segundo o
parlamentar, as facções “têm entrado, praticamente, em todas as camadas da
sociedade, participando inclusive de financiamento de campanha eleitoral. Então
é muito grave o cenário. E o Brasil precisa entender que com divisão nós não
vamos resolver o problema da segurança”, falou.
“Tem
que haver uma grande cooperação nacional entre os entes, o Governo Federal, os
Governos Estaduais – que são responsáveis pelas polícias -, os municípios –
porque nós temos tanto a parte da Guarda Municipal como também a parte de
ressocialização, a parte de educação. Porque nós só vamos vencer essa pauta com
uma educação mais forte e temos nesse acordo, primeiramente mais
investimentos”, disse.
Valorização das
polícias
Ao programa
radiofônico da Arapuan, Hugo também citou que é necessário “valorizar mais as
polícias”, por meio do investimento em inteligência e estratégia nacional,
sendo também possível diálogo com as Forças Armadas, por exemplo.
“O Brasil
não é produtor de droga. Toda droga que entra no Brasil, que sai daqui para
outros países, que são traficadas chegam dos países vizinhos. Então nosso
problema tá nas fronteiras. Trazer as Forças Armadas que podem muito bem ajudar
numa discussão de estratégia de inteligência”, falou.
Política
carcerária falida
Hugo Motta
citou durante a entrevista que a política carcerária do país “infelizmente [é]
falida”.
“É uma
política infelizmente falida. Hoje os nossos presídios, estão dominados muitos
por essas facções. O cara que entra ali por um pequeno delito, sai pior de
dentro do presídio. Essa é a realidade do Brasil. Então essa discussão ela
precisa ser feita de forma mais profunda e nós não podemos politizar esse
debate”, falou.
“É uma pauta da
sociedade”
Durante a
entrevista o parlamentar ressaltou que a pauta da segurança pública não tem
‘lado partidário’.
“Essa
discussão ela precisa ser feita de forma mais profunda e nós não podemos
politizar esse debate. Porque não é uma pauta só da direita, não é uma pauta só
da esquerda, é uma pauta da sociedade. E o parlamento precisa entender que, ou
a gente resolve esse problema da segurança, ou trata como uma questão de
estado, ou nós vamos nós próximos cinco, dez, quinze anos, presenciar um Brasil
dominado por essas facções”, falou.
Hugo ainda
disse considerar que as facções estão avançando de uma forma que o Estado não
consegue acompanhar os níveis de organização e operações financeiras. ” Hoje
você tem um grau de organização muito forte. Eles foram muito competentes
nisso. E nós acabamos ficando para trás, apesar de todo o esforço”, disse.
Endurecimento de
leis
Após
reconhecer em sua fala as ações das polícias, o deputado federal citou que
“esse esforço não está sendo suficiente para barrar” e que por isso a pauta
será colocada “na ordem do dia”.
“Queremos a
frente da presidência da Câmara colocar essa pauta na ordem do dia e deixar uma
colaboração também com endurecimento de leis, nós precisamos mudar
legislativamente, endurecer as nossas leis para poder inibir, coibir que o
jovem possa entrar no crime, que ele pense duas vezes antes de se cometer
crime”, continuou, como observado pelo ClickPB.
Com informações do ClickPB