Sábado, 08 de fevereiro de 2025
Matéria do Portal da Agência Brasil
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Foto: Valter Campanato / Agência Brasil |
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (6) o pedido de
liberdade feito pela defesa do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira. Ele
é um dos oficiais das forças especiais do Exército – os chamados “kids pretos”
– suspeitos de planejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Moraes
rejeitou os argumentos do advogado Felipe de Moraes Pinheiro, que nega qualquer
envolvimento de seu cliente no caso. O defensor havia pedido que a prisão
preventiva fosse substituída por outras medidas cautelares, argumentando não
haver “provas sólidas e robustas capazes de fundamentar uma futura condenação”.
Oliveira foi preso
em 19 de novembro, no âmbito da operação Tempus Veritatis, na qual a Polícia
Federal investigou a existência de uma trama envolvendo militares e civis para
a realização de um golpe de Estado no fim do governo do ex-presidente Jair
Bolsonaro, em 2022. No momento, o tenente-coronel está custodiado em Niterói
(RJ), em uma instalação do Exército.
Segundo as
investigações, Oliveira teria viabilizado uma linha telefônica para ser
utilizada na execução do assassinato de Lula. O oficial teria ainda prestado
uma espécie de consultoria, orientando sobre procedimentos para que o plano
fosse bem-sucedido. O vice-presidente Geraldo Alckmin também era um dos alvos.
Além de Oliveira,
outros kids pretos também foram presos preventivamente no caso, incluindo o
tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, que nesta quarta-feira (5) também foi
mantido na prisão por Moraes, embora tenha tido sua transferência
para Manaus autorizada pelo ministro.
De acordo com
relatório da Polícia Federal, os assassinatos de Lula, Alckmin e do próprio
Alexandre de Moraes seriam parte de um planejamento mais amplo, cujo objetivo
era manter Bolsonaro no poder após ele ter sido derrotado na corrida
presidencial de 2022.
Ainda em novembro do ano passado, o próprio Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela PF por participação no plano golpista, entre elas o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira.
Ainda em novembro do ano passado, o próprio Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela PF por participação no plano golpista, entre elas o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira.
Para sustentar a
inocência de Rafael Martins de Oliveira, a defesa do militar apontou para o
fato de que nenhuma denúncia foi apresentada até o momento. “Cumpre destacar
que, até agora, já foram realizadas inúmeras buscas e apreensões, além de
prisões de outros investigados e diligências diversas, sem que, contudo, tenha
sido formulada qualquer denúncia em desfavor do requerente”, escreveu o
advogado no pedido de liberdade rejeitado por Moraes.
Com informações do Agência Brasil