Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
Matéria do Portal MaisPB
O Carnaval chegou e os foliões já tomam as ruas das
cidades. Porém, é preciso ter cuidado com a saúde, especialmente com as
infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs. Os médicos apontam que a
prevenção é a maior arma para brincar a folia carnavalesca com segurança.
A infectologista Kilma Vieira Pinto Souza, da
equipe da Funasa Saúde, associação genuinamente paraibana que opera planos de
saúde, enfatiza que, durante a relação sexual, “a prevenção é o método mais
eficaz, que vai trazer uma segurança não só para quem está se prevenindo, mas
também para com o outro com quem você está se relacionando”.
A especialista ressalta que o uso do preservativo é
primordial e, no Carnaval, ele é ainda mais fundamental. “Eu considero como a
forma de prevenção mais importante, mesmo quando a gente tem outras formas de
prevenir o acometimento, por exemplo, pelo HIV, mas o preservativo vai lhe
proteger de um número muito maior de infecções sexualmente transmissíveis”,
afirma.
A médica acrescenta, ainda, a praticidade do
preservativo. “É prático, você leva no seu bolso e está trazendo segurança para
você e para a pessoa, seu companheiro ou companheira que está ali no momento”.
A ginecologista Emília Lopes da Costa, que também
integra a equipe da Funasa Saúde, reforça a necessidade da prevenção contra as
ISTs no Carnaval. “As infecções sexualmente transmissíveis são doenças graves,
como o HPV, que é responsável pela grande maioria dos cânceres. Muitas vezes o
contágio se passa despercebido e quando vai olhar já se está com um câncer de
coro do útero”, lembra.
Emília Costa ressalta que muitas pessoas temem
contrair o HIV, mas esquecem outros tipos de doenças também transmitidas através
da relação sexual. Ela aponta que “num relacionamento casual, a forma de
prevenção mais segura é usar o preservativo, seja o masculino ou o feminino”.
Atenção com o beijo
O beijo também pode ser porta de entrada de
doenças, já que existem pessoas que aproveitam o Carnaval para beijar vários
indivíduos, inclusive desconhecidos. Kilma Vieira lembra que, no caso do HIV, a
gente não tem tanta preocupação com a contaminação através do beijo, porque as
enzimas da boca conseguem neutralizar o vírus. “A não ser que tivesse uma
condição de sangramento, contato sangue-sangue, que é mais difícil de
acontecer”, aponta.
Kilma Vieira alerta para o fato que a relação
sexual oral tem um potência de infecção em relação à sífilis e outros vírus. A
médica, contudo, chama atenção para outras doenças que podem ser transmitidas
através da boca: “A mononucleose, que é conhecida como a doença do beijo
(causada por vírus e transmitida pela saliva), nesse período do Carnaval ela
fica bem evidente”. A doença causa sintomas como febre, dor de garganta,
inchaço dos linfonodos no pescoço, fadiga e faringite.
Sobre a associação
A Funasa Saúde é uma associação genuinamente
paraibana, sem fins lucrativos e administrada pelos próprios associados, que
opera planos de saúde. Todas as informações sobre o processo de adesão à Funasa
Saúde estão disponíveis no perfil no Instagram da Funasa Saúde (@funasasaude)
ou através do telefone 3244-4220.
Por: MaisPB