Sexta-feira, 09 de maio-(05) de 2025
Matéria da Assessoria
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Imagem meramente ilustrativa - (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
Na próxima terça-feira, 13 de maio, a urna eletrônica completa 29 anos
de história a serviço da democracia brasileira. Na Paraíba, o equipamento é peça
essencial no processo eleitoral e, atualmente, o estado conta com 12.095 urnas
eletrônicas, distribuídas em cinco Núcleos de Voto Informatizados (NVI),
localizados em João Pessoa, Campina Grande, Patos, Pombal e Cajazeiras.
Segundo o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do TRE-PB
(STIC), José Vinícius Veloso Alves, a urna eletrônica foi desenvolvida em 1996
com o propósito de garantir segurança e assegurar que a vontade da eleitora e
do eleitor seja fielmente refletida no resultado final da eleição, eliminando
qualquer possibilidade de manipulação entre o voto e a apuração.
“Trata-se de um projeto com 29 anos que vem sendo constantemente
evoluído. A ‘cara’ da urna é mais ou menos a mesma, pois isso facilita, já que
as pessoas estão acostumadas. Mas, ao longo do tempo, a Justiça Eleitoral vem
sempre aprimorando. Esse aperfeiçoamento deixa o processo cada vez mais seguro
e robusto, com urnas eletrônicas extremamente estáveis. Em 2024, por exemplo, o
percentual de troca de urnas na Paraíba ficou abaixo de 1%. O pleito
transcorreu de forma muito tranquila, e os resultados foram divulgados com
grande agilidade”, afirmou.
O secretário também ressaltou a possibilidade de auditoria do sistema e
o envolvimento de outros órgãos na verificação e fiscalização do software
utilizado, além da implantação da biometria, iniciada em 2008, como mais uma
camada de segurança para prevenir fraudes.
História e evolução do voto eletrônico no Brasil
O Brasil foi pioneiro mundial no uso de um sistema eletrônico de votação,
implantado nas Eleições Municipais de 1996. Naquele ano, em 13 de maio, o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o envio das primeiras urnas
eletrônicas aos Tribunais Regionais Eleitorais, marcando um capítulo decisivo
na modernização do processo eleitoral brasileiro.
Desde então, a urna eletrônica revolucionou a dinâmica das eleições,
eliminando fraudes e afastando a intervenção humana da apuração e totalização
dos votos, substituindo o voto em papel pelo digital. Em quase três décadas de
uso, o equipamento passou incólume por sete eleições gerais e sete eleições
municipais, sem que qualquer indício de fraude em seu funcionamento tenha sido
comprovado.
Para se ter uma ideia da grandiosidade do processo, somente nas Eleições
Municipais de 2024, mais de 155 milhões de eleitoras e eleitores estavam aptos
a votar em 5.569 municípios. Para atender a esse eleitorado, foram
disponibilizadas 571.024 urnas eletrônicas em todo o país, incluindo as 219.998
unidades do modelo UE2022, que estrearam nesse pleito, modernizando o parque
tecnológico da Justiça Eleitoral.
Produção nacional com tecnologia em evolução
A urna eletrônica é desenvolvida integralmente no Brasil, desde o
primeiro protótipo criado pelo TSE. Ao longo dos anos, o equipamento incorporou
inovações e os mais modernos recursos tecnológicos das áreas de computação e
segurança da informação.
Por norma, a urna não possui conexão com redes de internet, Wi-Fi ou
Bluetooth, funcionando de forma isolada para garantir a integridade do voto. O
equipamento passa, periodicamente, por atualizações físicas e lógicas e, desde
1996, já foi submetido a diversas auditorias, perícias e seis edições do Teste
Público de Segurança (TPS).
Novos modelos e recursos de acessibilidade
A Justiça Eleitoral segue produzindo novas urnas do modelo UE2022. A
produção teve início em maio de 2023, na fábrica de Ilhéus (BA), na fábrica da
Positivo Tecnologia, vencedora da licitação realizada em 2021, visando
substituir aparelhos antigos e atender às demandas crescentes do processo eleitoral.
Desde a primeira versão, o modelo UE1996, que já contava com tela,
teclado e CPU em um único corpo, o equipamento incorporou recursos como teclas
em braile, criptografia de Boletins de Urna (BU), assinatura digital de
softwares (a partir de 2002), Registro Digital do Voto (RDV) em 2003 e o Módulo
de Segurança Embarcado (MSE) em 2009.
O modelo UE2020, utilizado pela primeira vez em 2022, trouxe importantes
avanços, como tela sensível ao toque para os mesários e aumento de capacidade
de processamento em 18 vezes. O UE2022 manteve essas melhorias e reforçou a
segurança criptográfica, além de aprimorar os recursos de acessibilidade.
Símbolo de segurança e compromisso democrático
Com esse histórico, a urna eletrônica permanece como símbolo de
segurança, modernização e compromisso democrático do Brasil, sendo reconhecida
mundialmente pela eficiência e confiabilidade do sistema eleitoral eletrônico
brasileiro.
Para conferir mais informações sobre a história e os modelos de urna
eletrônica, basta acessar a página especial da Justiça Eleitoral: Urna
Eletrônica (https://www.justicaeleitoral.jus.br/urna-eletronica/index.html)
Por: Assessoria