Quarta-feira, 30 de julho-(07) de 2025
Matéria do PortalNewsPB
Uma denúncia envolvendo o suposto acúmulo indevido de cargos e
ausência de exercício funcional reacende o debate sobre funcionários fantasmas na administração pública da Paraíba. A
profissional identificada como Daniella Cristina Martins, que
possui uma clínica de fisioterapia na capital João Pessoa, aparece como
servidora da Secretaria de Estado da
Educação, Ciência e Tecnologia, ocupando o cargo de Assistente Administrativo, com admissão em 03/03/2025.
Segundo dados oficiais extraídos do portal Sagres do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB),
Daniella recebeu R$ 6.160,00 no mês de março e R$ 5.600,00 no mês de abril, totalizando R$ 11.760,00 em apenas dois meses de
vínculo com o Estado.
A denúncia parte de moradores e lideranças políticas do
município de Caldas Brandão, que
alegam que a servidora não dá expediente na secretaria
estadual e se dedica integralmente à sua clínica particular. Além
disso, afirmam que ela reside em João Pessoa e só
aparece em Caldas Brandão em períodos eleitorais.
Daniella tem histórico político na cidade, tendo sido vereadora entre 2017 e 2020. Em 2020, tentou se
eleger prefeita e terminou em terceiro lugar com 915 votos (21,65%). Em 2024, retornou como
candidata a vice-prefeita, mas a
chapa foi anulada pela Justiça Eleitoral por
ausência de prestação de contas da campanha de 2020. Mesmo com a substituição
de seu nome por outra candidata, os 1.813 votos recebidos
pela chapa foram considerados nulos pela Justiça
Eleitoral.
Outro ponto que gerou polêmica durante sua trajetória pública
foi o envolvimento em um escândalo no final da campanha de 2020, quando vídeos íntimos de natureza privada foram divulgados em grupos de
WhatsApp, gerando grande repercussão local.
Mesmo após o escândalo e os sucessivos insucessos eleitorais,
Daniella segue figurando no cenário político e ocupando cargo comissionado no Estado, o que
levanta questionamentos sobre possível apadrinhamento político. Segundo
a denúncia, ela teria proteção de figuras influentes
do governo estadual, como o secretário de Administração, Tibério Limeira.
Diante dessas informações, é necessário que os órgãos de
controle como o Ministério Público Estadual, o
TCE-PB e a Controladoria-Geral do Estado, apurem se há a devida
prestação de serviços por parte da servidora. O uso de recursos públicos deve
estar atrelado ao interesse público e à legalidade.
O
espaço segue aberto para manifestação da servidora mencionada, da Secretaria de
Estado da Educação e da administração estadual, caso desejem apresentar
esclarecimentos.
Por: NewsPB