Sábado, 22 de novembro-(11) de 2025
Prisão foi determinada após o senador
Flávio Bolsonaro convocar vigília em frente à casa do pai, às vésperas do
início do cumprimento da pena por tentativa de golpe.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22). A
prisão é preventiva e foi solicitada pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF). A medida não tem relação com a condenação por
tentativa de golpe de Estado, mas se trata de uma medida cautelar.
O blog apurou que a prisão foi determinada por
garantia da ordem pública, após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma
vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, na noite de sexta-feira (21).
Segundo fontes, a PF avaliou que o ato representava risco para participantes e
agentes policiais.
Bolsonaro foi
detido por volta das 6h e reagiu com tranquilidade à prisão. A ex-primeira-dama
Michelle Bolsonaro não estava em casa no momento da detenção.
O comboio que
transportava o ex-presidente chegou à sede da Polícia Federal às 6h35. Após os
trâmites iniciais, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da PF, onde
ficará em uma "Sala de Estado" — espaço reservado para autoridades
como presidentes da República.
Até a última
atualização desta reportagem, ele passava por exame de corpo de delito. Agentes
do Instituto Médico-Legal (IML) foram até o local para realizar o procedimento
e evitar exposição desnecessária.
Em nota, a
Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido
por decisão do STF. A defesa de Bolsonaro afirmou que, até as 6h40, ainda tinha
sido informada da prisão do ex-presidente.
Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto. À
época, o ministro Alexandre de Moraes decretou a medida por descumprimento de
medidas cautelares impostas ao ex-presidente.
À época, Moraes
afirmou que Bolsonaro usou redes sociais de aliados – incluindo seus três
filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo
e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à
intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
Bolsonaro foi
condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF, em setembro, por tentativa de
golpe de Estado. A condenação ainda não transitou em julgado e segue em fase de
recursos. A prisão deste sábado, porém, não tem relação com essa condenação.
Na sexta-feira,
a defesa de Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes que substitua o
regime inicial fechado por prisão domiciliar humanitária.
No pedido
protocolado pela defesa, os advogados afirmam que Bolsonaro tem “quadro clínico
grave”, sofre de “múltiplas comorbidades” e que uma eventual transferência para
o sistema prisional representaria “risco concreto à vida”.
A defesa
informou que vai recorrer da condenação, mas havia pedido a adoção urgente da
medida, para que Bolsonaro permanecesse em casa enquanto o caso não fosse
concluído.
Por: *A reportagem do G1 está
sendo atualizada.

