Sábado, 22 de novembro-(11) de 2025
Matéria do Portal Paraíba Já
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| Foto: Sérgio Lima / AFP |
A decisão que levou à prisão preventiva do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (22), teve como principal
fundamento a violação da tornozeleira eletrônica que ele
utilizava enquanto cumpria prisão domiciliar. A informação consta em relatório
enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Centro de
Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, que registrou o
rompimento do equipamento às 0h08.
No despacho, o ministro Alexandre de Moraes apontou
que a violação do monitoramento indicava tentativa de fuga, agravada pelo
ambiente gerado por uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
em frente ao condomínio onde o ex-presidente mora, no Jardim Botânico. Para
Moraes, a ação dos apoiadores poderia servir para dificultar a fiscalização e
favorecer uma eventual evasão.
A mobilização promovida por Flávio Bolsonaro na
noite de sexta-feira (21) também motivou a Polícia Federal a solicitar ao STF a
prisão preventiva. A corporação avaliou que a concentração de apoiadores
representava risco à segurança pública, colocando em perigo agentes federais,
cidadãos e o próprio ex-presidente.
Em sua decisão, Moraes destacou que a Polícia
Judiciária detectou a convocação de uma vigília religiosa “em prol de Jair
Messias Bolsonaro” nas imediações de sua residência em Brasília. Para o
ministro, o ato reforçava a necessidade de adoção de medidas imediatas,
considerando o histórico de tentativas de obstrução de medidas judiciais por
parte do ex-presidente e aliados.
No vídeo divulgado nas redes sociais, o senador
Flávio Bolsonaro chamou apoiadores para um encontro de oração “pela saúde de
Bolsonaro e pela liberdade no Brasil”. Ele citou passagens bíblicas e conclamou
o público a participar, afirmando: “Vem com a gente, vamos lutar.” Segundo o
parlamentar, a mobilização buscaria “a justiça de Deus” e a “reação do povo”.
Com a soma dos elementos — violação da
tornozeleira, risco de fuga e convocação de atos nas imediações da residência —
Moraes determinou a prisão preventiva do ex-presidente, que não tem prazo
estabelecido e será reavaliada periodicamente pela Justiça.
Por: Portal Paraíba Já

