Terça-feira, 08 de junho de 2021
Matéria do G1
Paulo Guedes – (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ministro da Economia, Paulo Guedes,
anunciou nesta terça-feira (8) que o governo vai estender o pagamento do auxílio emergencial por mais dois ou três
meses, até que, segundo ele, toda população adulta esteja vacinada no país.
“Possivelmente
nós vamos estender agora o auxilio emergencial por mais dois ou três meses,
porque a pandemia está aí”, disse Guedes, em evento do setor de serviços.
“Os
governadores estão dizendo que, em dois ou três meses, a população brasileira
adulta vai estar toda vacinada. Então, nós vamos renovar por dois ou três meses
o auxílio, e logo depois entra, então, o novo Bolsa Família, já reforçado”,
completou o ministro.
O
ministro não detalhou os valores, mas, atualmente, o auxílio pago está
entre R$ 150 e R$ 375. Ele também não forneceu mais informações
sobre o processo de reformulação do programa Bolsa Família, em estudo pela área
econômica e pelo Ministério da Cidadania.
PIB brasileiro: Segundo
Guedes, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer entre 4% e 5% neste ano, em
linha com as estimativas do mercado financeiro. Na semana passada, economistas
dos bancos projetaram uma expansão da economia de 4,36% em
2021.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Bônus de Inclusão Produtiva: Paulo
Guedes também disse que a área econômica está finalizando o desenho do Bônus de
Inclusão Produtiva (BIP), a ser pago pelo governo, e do Bônus de Incentivo à
Qualificação (BIQ), que será de responsabilidade das empresas.
Tanto
o governo quanto os empresários, disse ele, devem pagar R$ 275 aos jovens que
serão treinados – totalizando uma bolsa de R$ 550.
Segundo
o ministro, a ideia é criar empregos novos para jovens entre 18 e 20 anos que
queiram fazer treinamento.
“Mais
R$ 275 do governo e R$ 275 da empresa, o jovem consegue um programa de um ano,
ou até um ano e meio, de qualificação. Achamos que vai ter um aumento rápido do
emprego, uma redução do desemprego, tirando o jovem das ruas e colocando na
qualificação profissional. São os ‘nem nem’, que tem nem universidade e nem
emprego. Queremos que sejam incluídos no sistema produtivo”, declarou.
Reforma tributária: O
ministro da Economia também afirmou que a reforma tributária não trará, neste
momento, “grandes novidades”. Segundo ele, a proposta do
governo, que até o momento encaminhou somente o projeto para a
tributação do consumo, será “moderada”.
“Gostaria
de fazer ela um pouco mais ampla, inclusive com desoneração de folha. Não é o
momento ainda, mas não vamos desistir. Vamos fazer em fatias, o que é possível
agora, simplificação, redução de alíquotas e vamos avançar”, disse.
Ele
afirmou, ainda, que o governo não quer elevar imposto para o setor de serviços,
que poderia sair prejudicado com alta na tributação com um imposto sobre valor
agregado, sobre consumo, com uma alíquota única.
Guedes
disse que a proposta da área econômica pode contemplar uma alíquota para o
setor de serviços e comércio, e outra, mais alta, para a indústria.
“A
ideia inicial era todo mundo ter a mesma alíquota. Ainda estamos considerando
duas alíquotas: uma para o comércio e serviços, mais baixa, e outra para a
indústria mais alta. Talvez seja a melhor simplificação que a gente consiga
fazer, e sinaliza para o futuro a unificação, quando a gente conseguir fazer a
desoneração da folha lá na frente”, disse.
Acrescentou
que, enquanto não for possível fazer a unificação da alíquota [para todos os
setores da economia], é preciso “tratar diferentemente esse setor [de serviços]
pela grande capacidade de geração de emprego que ele tem”.
Por:
G1