Sábado, 09 de julho de 2016
Um dos maiores amigos
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pecuarista José Carlos Bumlai,
prestou um depoimento secreto aos agentes da Lava Jato. A informação foi
confirmada nesta quarta-feira, 06, pelo UOL. As perguntas a Bumlai foram a
respeito do que ele sabia sobre as obras que beneficiaram o Instituto do amigo,
em São Paulo. Além disso, o pecuarista foi questionado sobre a propina que
envolveu a Petrobrás e a Odebrecht. O que foi revelado por Bumlai não foi
revelado, mas suspeita-se que o conteúdo seja capaz de abalar o país.
Quem decidiu não divulgar o que o
empresário disse é o juiz federal Sérgio Moro. O comandante da Lava Jato tem
sido alvo de represálias da defesa de Lula, que solicita ao Supremo Tribunal
Federal (STF) que ele abandone as investigações relativas ao ex-presidente. O
juiz que recebeu o prêmio de uma das 100 personalidades mais influentes de todo
o planeta justificou o sigilo nos depoimentos do empresário dizendo que o
motivo é para preservar a eficácia das investigações.
Bumlai foi preso em 2015, mas em
março deste ano, Sérgio Moro deixou que o empresário cumprisse três meses de
prisão domiciliar. Ele tem um câncer na bexiga e 71 anos de idade. O pecuarista
só pode deixar a residência com a aprovação da Polícia Federal. Ele utiliza uma
tornozeleira eletrônica durante todo o dia. Os investigadores, no entanto,
adiantaram aos jornalistas que o conteúdo do novo depoimento não está
relacionado a um empréstimo envolvendo o Banco Schahin.
O valor conseguido
pelo pecuarista, de R$ 12 milhões, teria sido destinado ao próprio Partido dos
Trabalhadores. Bumlai é apenas um dos muitos nomes ligados ao PT que estão
presos ou participam constantemente de depoimentos que podem prejudicar a
imagem da legenda. Nas últimas semanas, vimos até ex-Ministros do governo da
presidente Rousseff indo parar atrás das grades, como foi o caso do ex-Ministro
do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele que é marido da Senadora Gleisi Hoffmann
(PR – RS) já foi solto pelo STF.
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