Sexta-feira, 09 de junho-(06) de 2023
Matéria do Metópole
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Foto Reprodução |
O
comerciante Genilson Oliveira (foto em destaque), de
49 anos, passou mal e morreu na madrugada da última terça-feira (6/6) após sua
família ser vítima do golpe do falso sequestro em Samambaia
Norte, no Distrito Federal.
A ligação
foi feita por volta de 1h para o telefone fixo da casa. O pai de Genilson, o
também comerciante Geraldo Oliveira, 72, foi quem atendeu. Ele contou que ouviu
a voz de uma mulher do outro lado da linha pedindo ajuda. “Pai, estou passando
mal porque tem uns bandidos que entraram dentro de casa”, disse o golpista.
“Só quem
tem esse número [do telefone fixo] é minha filha, que mora perto. A gente perde
o rumo de casa, não assimila mais a voz”, explicou Geraldo.
Depois de ouvir o
pedido de socorro, Geraldo disse que um homem entrou na ligação e começar a fazer
ameaças de morte à suposta filha. “Uma tortura psicológica que não tinha
tamanho”, disse.
Genilson
e o filho dele acordaram com o barulho da confusão e foram a pé até a casa da
irmã, enquanto Geraldo continuava na linha com o bandido. “Encontraram ela lá,
sem problema algum, e a trouxeram”, contou o idoso.
Após o
trote, Genilson disse que a ligação “era conversa de quem não tinha o que
fazer” e saiu para pegar um copo d’água. Neste momento, sofreu um mal súbito e
caiu na cozinha.
O Corpo
de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado e tentou reanimar
a vítima, sem sucesso.
“Foi
difícil. Peço a Deus que ninguém receba um telefonema desses. A gente não sabia
da proporção que isso ia tomar. Ele era um bom pai, um bom filho, um bom amigo.
A gente ainda continua recebendo visitas aqui em casa. Foi uma perda
irreparável”, lamentou o pai do comerciante.
Geraldo
acrescentou que o filho era hipertenso e havia sido diagnosticado com início de
diabetes, mas que desconhecia qualquer problema cardíaco. “Fez vários exames
recentes, que não constataram nada.”
O corpo
de Genilson Oliveira foi enterrado às 16h da última quarta-feira (7/6), no
Cemitério de Taguatinga.
Por: Metrópole