Terça-feira, 27 de novembro-(11) de 2024
Ideia é divulgar a medida junto com o pacote fiscal para
balancear o conteúdo impopular da contenção de despesas
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Fernando Haddad (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil) |
O pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que
será veiculado em rede nacional de TV pelo governo às 20h30 desta quarta-feira
(27), inclui o anúncio da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5
mil. A medida é uma promessa de campanha reiterada diversas vezes pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é divulgá-la junto com o pacote
fiscal para balancear o conteúdo impopular da contenção de despesas. As informações são
do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
Apesar de a
mensagem já ter sido gravada, integrantes da cúpula do governo afirmaram ao Broadcast
Político, do grupo Estadão, que ainda não há martelo batido sobre o IR. Além da
fala sobre o Imposto de Renda, a declaração de Haddad também deverá comunicar
ponto a ponto quais são as medidas de ajuste fiscal.
Confirmada a
isenção, ela poderia valer já em 2025 dependendo da votação no Congresso
Nacional. A medida também será uma vitória da ala política, apesar da equipe
econômica ter sido contra.
Segundo o
Broadcast Político, no início das discussões sobre o pacote de contenção de
despesas, houve conversas sobre medidas que poderiam amenizar o eventual
impacto negativo das medidas. A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
chegou a ser mencionada nesse contexto, mas a ideia havia sido abandonada. A
retomada do tema nesta semana coincidiu com o fechamento do pacote de gastos e
discussão sobre a apresentação das medidas ao Congresso antes de torná-las
públicas.
Parlamentares do
Partido dos Trabalhadores (PT) queriam que o governo anunciasse a medida de
isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. O Ministério da Fazenda, no
entanto, foi contra a proposta ao citar o impacto em torno de R$ 40 bilhões aos
cofres públicos com a aprovação da medida.
Deputados ouvidos
pela reportagem reiteram a necessidade de divulgar propostas que atinjam o
“andar de cima”, em referência à parcela mais rica da população, até como forma
de evitar um desgaste da imagem do presidente e do partido. Isso porque as
medidas em estudo pela equipe econômica preveem alterações nas regras de
benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nos
valores do salário mínimo, pontos sensíveis para o eleitorado petista.
Por: Portal Correio