Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
Matéria do
Site Agência Brasil
Imagem ilustrativa (Foto: Agencia Brasil)
Depois de ultrapassar a
barreira de R$ 5 trilhões em dezembro, a Dívida Pública Federal continuou a
subir em janeiro. No mês passado, o indicador encerrou em R$ 5,06 trilhões, com
alta de 0,99% em relação a dezembro. A informação foi divulgada hoje (24) pelo
Tesouro Nacional.
A
dívida pública mobiliária (em títulos) federal interna subiu 1,16% passando
para R$ 4,821 trilhões. No mês passado, o governo emitiu R$ 25,41 bilhões a
mais do que resgatou. Além disso, houve a incorporação de R$ 29,92 bilhões em
juros, quando o governo reconhece gradualmente os juros que incidem sobre a
dívida.
A
dívida pública externa caiu de R$ 243,45 bilhões em dezembro para R$ 237,88
bilhões em janeiro. Apesar de o dólar ter subido 5,37% no mês passado, o
vencimento de R$ 18,59 bilhões em títulos brasileiros em circulação no mercado
externo contribuiu para a redução do indicador.
Tradicionalmente,
os resgates superam as emissões de títulos em janeiro porque, no primeiro mês
de cada trimestre, ocorre a concentração de vencimentos de papéis prefixados
(com taxas definidas antecipadamente). No entanto, nos últimos meses, o Tesouro
tem emitido mais títulos públicos para recompor o colchão da dívida pública
(reserva financeira usada em momentos de turbulência), que foi parcialmente
consumido no início da pandemia do novo coronavírus.
Em
janeiro, o Tesouro emitiu R$ 155,354 bilhões, acima de R$ 150 bilhões pelo
quinto mês consecutivo. No entanto, os resgates somaram R$ 129,94 bilhões,
impulsionados principalmente pelo vencimento de R4 43,2 bilhões em títulos
prefixados.
Por
meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores
para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os
recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa
Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada
(definida com antecedência).
Por:
Agência Brasil