Quinta-feira, 17 de abril-(04) de 2025
Programa beneficia 20,5 milhões de
famílias, com valor médio de R$ 668,65; a maioria dos participantes está no
Nordeste e no Sudeste
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(Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil) |
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva afirmou nesta terça-feira (15) que o Brasil não pode ser um país que
“vive eternamente do Bolsa Família”, programa de transferência de renda
criado por ele em outubro de 2003, durante o primeiro mandato. Atualmente, o
benefício é distribuído a 20,5 milhões de famílias, em todos os municípios, com
repasse médio de R$ 668,65. A iniciativa, batizada de “Auxílio Brasil” pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), voltou a se chamar Bolsa Família em março de
2023. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
“Eu voltei para a Presidência da
República para provar que este país não pode ser um país eternamente pobre,
eternamente vivendo de Bolsa Família. Não. Precisamos fazer as pessoas se
formarem adequadamente, aprender uma profissão, constituir família, terem
prosperidade e viverem bem, num padrão de classe média”, destacou, durante
visita à fábrica da automotiva japonesa Nissan, em Resende (RJ).
A maioria dos beneficiários está no Nordeste — 9,4 milhões de
famílias. Em seguida, está o Sudeste (5,92 milhões de famílias), Norte (2,61
milhões de famílias), Sul (1,45 milhão de famílias) e Centro-Oeste (1,10 milhão
de famílias).
No recorte por
regiões, o Nordeste reúne o maior número de contemplados em março. São 9,4
milhões de beneficiários, a partir de um investimento de R$ 6,26 bilhões. Na
sequência, aparece a região Sudeste (5,92 milhões de famílias e R$ 3,86 bilhões
em repasses), seguida por Norte (2,61 milhões de famílias e R$ 1,84 bilhão),
Sul (1,45 milhão de beneficiários e R$ 951,9 milhões) e Centro-Oeste (1,10
milhão de contemplados e R$ 740,5 milhões).
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Foto: Lyon Santos / Agência Brasil |
O governo federal investe R$ 13,7
bilhões no Bolsa Família. O pagamento mínimo do programa é de R$ 600, mas a
transferência pode aumentar, a depender dos integrantes e do formato da
família. São os benefícios adicionais: R$ 150 para cada criança de 0 a 6 anos;
R$ 50 para gestantes; R$ 50 reais para lactantes; e R$ 50 para crianças e adolescentes
de 7 a 18 anos.
Lula opinou que “as coisas não
acontecem de forma gratuita”. “O que está acontecendo no Brasil não é sorte”,
defendeu, ao citar a prioridade que seu governo dá para a redistribuição de
renda.
“Quisera Deus que este país só tivesse
presidente que tivesse sorte. Quem sabe a gente estaria no G7, no G5, no G4
[grupos das maiores economias do mundo]. Quem sabe a gente fosse mais
importante. Cansamos de ser tratados como país pobre e pequeno”, desabafou.
Por: Ana Isabel Mansur, do R7