Quinta-feira, 06 de setembro de 2018
Tufão Jebi é o 21º a atingir o Japão apenas nessa temporada
Tempestade e ventos fortes geram novas inundações e alertas de
evacuação para mais de um milhão de pessoas, aumentando o número de mortes
causadas pelo mau tempo nos últimos meses.
O Japão foi atingido nesta terça-feira (04/09) pelo tufão mais
forte dos últimos 25 anos na região, gerando alertas de evacuação para mais de
um milhão de pessoas e o cancelamento de centenas de voos em razão das chuvas e
ventos fortes.
A tempestade apelidada de Jebi – que significa "engolir"
em coreano – é o mais recente de uma série de fenômenos meteorológicos que vêm
afetando o país durante o verão do hemisfério norte, com deslizamentos de
terra, enchentes e recorde de temperaturas altas que, em conjunto, mataram mais
de 200 pessoas no mês de julho.
Segundo a imprensa local,
houve duas mortes, incluindo uma pessoa na cidade de Higashiomi, que morreu
quando ventos fortes atribuídos ao Jebi derrubaram um armazém. O 21º tufão a
atingir o Japão apenas nessa temporada deixou também dezenas de feridos.
O
primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, cancelou uma viagem ao oeste do país e
convocou uma reunião de emergência.
Ele
pediu que a população na área afetada deixasse a região o mais cedo possível e
afirmou que o governo tomará todas as medidas necessárias para proteger as
pessoas. "Peço aos japoneses que ajam para proteger suas vidas, incluindo
se prepararem para uma pronta evacuação", afirmou.
A
agência meteorológica do país alertou para novos deslizamentos de terra, marés
altas, enchentes, trovoadas e tornados em uma ampla área do arquipélago japonês.
O
chefe de previsões do tempo da agência afirmou que esse foi o tufão mais forte
registrado no país desde 1993. Segundo a emissora pública japonesa NHK, em
alguns locais as enchentes registradas foram as mais altas desde a passagem de
um tufão em 1961.
Uma
das duas pistas de pousos e decolagens do aeroporto internacional de Kansai, em
Osaka, foi inundada, além de depósitos de carga e outras instalações. Mais de
780 voos foram cancelados.
Os
fortes ventos fizeram com que um navio petroleiro de 2,5 mil toneladas
colidisse com uma ponte de ligação com o aeroporto, construído sobre uma ilha
artificial, danificando a estrutura. A embarcação estava descarregada e nenhum
dos 11 tripulantes ficou ferido.
A
tempestade atingiu primeiramente a ilha de Shikoku com ventos de até 208
quilômetros por hora e atravessou a parte leste da ilha principal, Honshu,
próxima a Kobe, se dirigindo com rapidez para o norte do país.
Os
serviços de meteorologia afirmavam que os ventos poderiam atingir até 216
quilômetros por hora. Segundo a NHK, meio milhão de pessoas ficaram sem energia
elétrica no leste do país. A fábrica de automóveis Toyota cancelou os turnos de
trabalho durante a noite em 14 unidades.
Imagens
de televisão mostravam ondas fortes castigando o litoral. Em Kobe, alguns
moradores afirmavam que os ventos chegaram a balançar os edifícios e arrancar
galhos de árvores. Em Kyoto, cerca de 100 mm de chuva cobriram parte da cidade
em apenas uma hora.
Segundo
o serviço de meteorologia, algumas áreas poderão receber até 500 mm durante as
24 horas após o início da tempestade.
Fonte: Clima
tempo